Baseado em pessoas e dados reais, o espetáculo Pi – Panorâmica insana traça um painel irônico do mundo contemporâneo.

A peça propõe uma lente de aumento sobre a sociedade contemporânea. Temas como indivíduo, civilização, sexualidade, política, violência, nação, miséria, riqueza, gênero e desejo são abordados.

“Tudo o que é humano interessa, tudo que é próprio de cada um dos atores tem valor enquanto observação da vida, tal qual ela se apresenta agora.” diz Bia Lessa.

O espetáculo é absolutamente contemporâneo e, ao mesmo tempo, atemporal. A dramaturgia do espetáculo foi concebida a partir dos ensaios, e seu resultado é uma escritura cênica e não um texto convencional. O resultado transita entre artes plásticas, teatro e dança.

A escolha do Teatro Novo, administrado pela W7 Produções, deu-se por ser um local preparado para receber essa montagem, onde a ideia do inacabado – mesmo estando pronto para essa primeira fase do projeto arquitetônico – está presente, um espaço entre. Entre as ruinas que representam o que o teatro foi, e o futuro que virá com a conclusão da reforma. Assim é o espetáculo, assim é a vida hoje, entre um futuro onde a humanidade superará suas questões estruturais, ou um futuro desastroso.

O espaço cênico de 23 X 20 m é composto por 8 mil peças de roupas, onde os 4 atores desenvolvem suas performances. Todas essas roupas serão doadas a instituições de caridade ao final da temporada.

Dando sequência a pesquisa que a diretora vem desenvolvendo a partir do espetáculo Grande Sertão: Veredas, a trilha sonora é desenvolvida em várias camadas onde música, ruídos, ambientes e a voz dos atores (manipuladas tecnologicamente) dialogam entre si.

O elenco é formado por Claudia Abreu, Leandra Leal, Luiz Henrique Nogueira e Rodrigo Pandolfo, atores de diferentes formações e experiências, que juntos vivem 150 personagens de diferentes nacionalidades.

A ficha técnica conta com Sylvie Leblanc no figurino, Dany Roland na pesquisa e trilha musical – parceiros de Bia Lessa há muitos anos. Amália Lima e João Saldanha, profissionais ligados àdança como assistentes de direção, e Bruno Siniscalchi como diretor assistente – parceiro de Bia Lessa no espetáculo Grande Sertão: Veredas. Estevão Casé para a criação da espacialidade sonora e a manipulação das vozes dos atores. Essa sonorização especializada é parte fundamental da encenação, uma vez que cria ambiência compondo paisagens, utilizando-se de som cinema e não de teatro.

Esse projeto é uma iniciativa e idealização dos atores Claudia Abreu e Luiz Henrique Nogueira e convidaram: as produtoras Selma Morente e Célia Forte, que imediatamente se propuseram a realizar esse projeto, através da Morente Forte, os autores Jô Bilac e Júlia Spadaccini, e Bia Lessa para a concepção e direção – que agregou ao grupo o escritor Andre Sant’Anna, e a equipe acima citada.

*Trecho  do livro ACHEI QUE MEU PAI FOSSE DEUS, com organização e introdução do Paul Auster, Companhia das Letras pg. 111

Pi – Panorâmica insana

Teatro Novo (320 lugares)
Rua Domingos de Moraes, 348 – Vila Mariana
100 metros da Estação Ana Rosa
Informações: (11) 3542-4680
Bilheteria: terça a quinta, das 14h às 19h; sexta a domingo a partir das 14h. Acessibilidade para cadeirantes. Estacionamento conveniado: R$ 20. Flat’s Estacionamento – R. Domingos de Moraes, 343 (em frente ao teatro). Geh Estacionamento – R. Azevedo de Macedo 48 Vila Mariana
Vendas: www.ingressorapido.com.br
Sexta e Sábado às 21h | Domingo às 18h
Ingressos: Sexta R$ 50 | Sábado e Domingo R$ 70
Duração: 90 minutos
Recomendação: 16 anos
Gênero: Drama
Estreia dia 01 de Junho de 2018
Temporada: até 29 de Julho

Author

Amante de filmes, séries, quadrinhos, action figures. Fundador e Editor chefe do Central 42.

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