O Fantasma da Ópera retorna aos palcos brasileiros após treze anos

Na manhã do dia 26, tomou lugar a coletiva de imprensa de um dos musicais mais esperados da temporada aqui em São Paulo – O Fantasma da Ópera.

Para essa nova montagem – não vista no Brasil há treze anos – Arthur Massela, que já havia estado no país em 2005 para dirigir o espetáculo, foi novamente o diretor associado escolhido para ajudar a levantar a produção, seguindo à risca o formato que faz tanto sucesso mundo afora. Ao seu lado está Rachel Ripani, diretora brasileira residente, extremamente competente, responsável por diversos outros sucessos da broadway no Brasil pela T4F, como o musical Wicked, Les Miserábles, entre outros.

Na coletiva, foram apresentados números específicos, onde Massela e Ripani fizeram a introdução dos mesmos. “Prima Donna” foi o primeiro número apresentado, “The phantom of the opera” – o número mais conhecido do espetáculo – foi o segundo e o terceiro e último foi um trecho de “Masquerade”, provavelmente a cena mais aguardada, por sua grandiosidade estética e complexidade de vozes, movimentos e sincronia de atores e bailarinos; uma belíssima cena que nos remete a temática brasileira do carnaval e toda sua alegria, que nos é muito familiar.

O musical em questão tem libreto e composições de Andrew Lloyd Weber. É baseado no romance do francês Gaston Leroux, que narra a história de uma figura mascarada (Thiago Arancam e Leonardo Neiva alternam o papel do protagonista) que vive nas entranhas da ópera de Paris, assombrando a vida de todos que vivem e trabalham por lá. O fantasma se apaixona pela jovem Christine Daaé (vivida por Lina Mendes e Giulia Nadruz), bailarina e soprano, perseguindo-a obsessivamente e dedicando-se inteiramente a carreira dela para torná-la a grande estrela do lugar.

Treze anos depois, algumas necessárias atualizações foram feitas para que a excelência do estrondoso sucesso se mantivesse. Diferente da montagem de 2005, que tinha grandes nomes do teatro musical, foram escolhidos profissionais da ópera para protagonizar a nova versão.

Datado, apesar de abordar temas ainda recorrentes, tem como protagonista uma mulher sem muita iniciativa que espera por Raoul ou mesmo pelo próprio fantasma para tomar decisões. Lina Mendes conta que no início do processo criativo teve muita dificuldade para aceitar toda essa passividade, pois se vê como um contraponto da personagem, mulher forte e de iniciativa; diz ainda que por ser uma personagem de época e de costumes outros, procurou manter a essência submissa e inocente da personagem.

Depois de dois meses de ensaio, O Fantasma da Ópera vai a público com estréia marcada para o dia 02 de agosto. Reafirmando o fato de que o musical é uma obra completa por si só, nenhuma adaptação e nenhum grande “toque brasileiro” foi acrescentado. O elenco e a orquestra apenas se juntam aos demais elementos cênicos para abrilhantar e dar vida ao espetáculo.