Eu serei seu SPOILER
(Oberyn Martell)
Como em toda temporada, antes da reta final vem aquele episódio morno para posicionar todas as peças na direção do desfecho. Isso não significa que é um episódio ruim e no caso de Mockingbird é bem o contrário. Mas sim, é muito lento e não deixa muito a comentar sem entrar em spoilers futuros, o que não vou fazer.
O roteiro assinado mais uma vez por Weiss e Benioff coloca o espectador para acompanhar as imediatas consequências do desafio de Tyrion em Porto Real. Mergulhado nas sombras de sua masmorra, o anão tem três grandes momentos com Jaime, Bronn e Oberyn e mais uma vez Dinklage rouba o episódio ao conduzir seu personagem em sucessivas decepções. De volta à direção de mais um episódio, Alik Sakharov acerta ao posicionar a câmera sempre nas reações de Tyrion durante os diálogos, fechando cada vez mais o quadro até o momento em que ouve a crueldade de Cersei quando ainda era um bebê.
Neste episódio descobrimos as reais intenções de Oberyn Martell (do sempre excelente Pedro Pascal) que, ao se oferecer como o campeão de Tyrion, enfrentará Gregor Clegane para poder vingar a irmã e os sobrinhos. É compreensível que neste momento da série o Montanha que Cavalga seja interpretado pelo Montanha que Atua, mas infelizmente não achei o impacto tão forte já que é a terceira escalação para o papel, agora nas mãos do atleta islandês Hafþór Júlíus Björnsson.
Outros núcleos abordados pelo episódio apresentaram um pouco mais da evolução de Arya e sua relação com o Sandor, embora as cenas tiveram mais a função de construir a crueldade de Gregor que estivera longe da narrativa durante um bom tempo e também para ligar diferentes núcleos com algumas rimas temáticas características do roteiro de D&D para dar fluidez e ritmo – dessa vez ao abordar a relação entre irmãos, Cersei cruel com Tyrion assim como Gregor com Sandor, ao contrário da relação de Jon com Arya assim como Jaime e o anão. No núcleo de Brienne, um velho conhecido há muito desaparecido ressurge para dar à grandalhona informações sobre Arya e também para trazer de volta, através de um diálogo importante para seu arco, a turma de Beric Dondarion e Thoros de Myr, que sequer deram as caras nessa temporada. Já na Muralha, quase nada avançou, apenas sabemos que Mance se aproxima com seu exército e que ninguém dá ouvidos a Jon Snow, basicamente uma preparação para o clímax da temporada que, como sempre, será o nono episódio. No núcleo de Daenerys… Naharis e ela, enfim… não vimos nada em Meereen…
… mas vimos tudo no Ninho da Águia. Título do episódio, Sansa conhece cada vez mais Petyr Baelish em uma sequência muito bem construída desde o momento em que ela entra no pátio coberto de neve com a música tema de Winterfell (quando imediatamente vemos uma escultura da fortaleza feita no gelo, um enorme simbolismo ao ser destruída) até o desfecho antecipado nas falas do jovem Robin.
[youtube video=”EDfVJQYlY2o” width=”600″]
Episódio morno, mas necessário. Em duas semanas a série estará de volta e o título do episódio promete: The Mountain and the Viper.
[youtube video=”JU_3eEdbLHs” width=”600″]
* O texto é de autoria de José Rodrigo Baldin e pode ser encontrado em seu blog pessoal – http://jrodbaldin.wordpress.com/2014/05/19/game-of-thrones-s04e07/*
Veja as análises, dos episódios anteriores, nos links abaixo:
- Análise de Game of Thrones S04E06: The Laws of Gods and Men
- Análise de Game of Thrones S04E05: First of His Name
- Análise de Game of Thrones S04E04: Oathkeeper
- Análise de Game of Thrones S04E03: Breaker of Chains
- Análise de Game of Thrones S04E02: The lion and the rose
- O retorno de “Game of Thrones”: Two swords
1 Comment
Pingback: Análise de Game of Thrones S04E08: The Mountain and the Viper | CENTRAL 42