Em fevereiro de 2007, Amigas, pero no mucho, comédia de Célia Forte estreava no Teatro Renaissance inaugurando o horário da meia noite. migas, pero no muchoO sucesso foi tanto com elenco de atores interpretando as quatro amigas, que por cinco anos percorreu vários teatros de São Paulo, com temporada também no Rio de Janeiro. Ganhou montagem baiana, com apresentações em várias capitais do nordeste e Angola. Tem seu texto traduzido para o espanhol, alemão e inglês. Onze anos depois, as amigas voltam ao Teatro Renaissance com apresentações aos sábados e domingos, até 24 de Junho.

Desde então, mais de 130 mil pessoas riram com as incríveis situações criadas pela jornalista Célia Regina Forte sobre quatro mulheres da nossa época que tentam dar conta de tudo: do cotidiano, do corpo, da mente, do trabalho, da família e da amizade, causando inusitadas situações típicas do universo feminino.

Com direção de José Possi Neto e composição musical de Miguel Briamonte, essa epopeia se dá através do encontro de quatro amigas em uma tarde de sábado, onde todas – ou quase todas – as roupas sujas são lavadas por elas. Com humor cáustico, ironia e irreverência, elas falam sobre suas dissimulações, devaneios e loucuras. Quatro mulheres bem-sucedidas – ou não – comuns e sofisticadas que numa única tarde fazem revelações que as surpreendem e surpreendem o público que tem lotado todos os teatros por onde elas passam. Mulheres que se amam e se odeiam ao mesmo tempo. Amigas, enfim.

Amigas, pero no mucho, faz história no cenário da comédia brasileira por sua capacidade em fazer plateias se divertirem e se reconhecerem numa das quatro personagens:

Elias Andreato é Fram, 50 anos – Divorciada, dois filhos que moram com o pai. É a mais velha das quatro amigas. Já passou dos 50 anos, mas quer parecer 30. Ninfomaníaca. Fala muito palavrão quando está sozinha, em público jamais. Faz meditação, mas quando está com raiva, tem tiques nervosos.

Leandro Luna é Sara, 35 anos – Solteira. Executiva. A mais reservada. Parece ser fria, mas esconde grande esperança. Fuma descontroladamente. Não perdoa as amigas, mas pouco se importa com a opinião dos outros. Desconfiada. Odeia as hipocrisias de Fram.

Raphael Gama é Debora, 40 anos – Divorciada, sem filhos. Inteligente, perspicaz, irônica, mas tipo dona da verdade. Sempre tem uma consideração a fazer, tentando que sua opinião prevaleça. Idealiza o amor. Come compulsivamente.

Sérgio Rufino é Olívia, 40 anos – Casada com filhos. Foi rica, não é mais. Tem que dirigir sua VAN que leva crianças para a escola. Julga-se sempre perseguida. Está sempre perguntando: O que vocês estão falando de mim? Exalta o marido, Alfredo, para as amigas.


Conferi o retorno da peça e posso dizer, com todas as palavras, que é maravilhoso, divertido, inesperado. Um humor simples, até meio moleque, por serem homens interpretando mulheres, mas com respeito, nada apelativo, até mesmo questionando o que os homens fazem que as afetam.

Trilha sonora ao piano tocado ao vivo (Anderson Beltrão), que faze parte da narrativa muitas vezes.

É diversão garantida. Vale conferir a dois, com a família ou amigos.

Amigas, pero no mucho

Teatro Renaissance (440 lugares)
Alameda Santos, 2233
Informações: 3069.2286
Bilheteria: Quinta, das 14h às 18h. Sexta, sábado e domingo das 14h até o início do último espetáculo.
Sábados às 19h e Domingos às 20h
Ingressos: R$ 60
Duração: 80 minutos
Recomendação: 14 anos
Temporada: até 24 de Junho

Author

Amante de filmes, séries, quadrinhos, action figures. Fundador e Editor chefe do Central 42.

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