Em “Zumbilândia: Atire Duas vezes“, Columbus, Tallahassee, Wichita e Little Rock continuam juntos lutando contra zumbis. Enquanto o quarteto está cada vez mais habilidoso, os zumbis estão mais fortes. Ao encontrarem na Casa Branca um refúgio, acabam desenvolvendo uma relação de família que pode desestabilizar o entendimento entre eles, principalmente Little Rock – que não é mais uma criança.
Quando me vi com a possibilidade de cobrir esse lançamento percebi que tinha antes outra responsabilidade: assistir ao Zumbilândia de 2009 que nunca tinha visto. Fui com a mente aberta e preparada para ver provavelmente um besteirol americano, daqueles para esvaziar a cabeça. E foi isso, porém cheio de problemas.
Que boa surpresa tive ao terminar a sequência tendo a certeza que haviam amadurecido o trabalho. Contudo isso não faz deste filme uma obra de arte.
Primeiro, um problema que tive com o filme de 2009 foi a falta de timing nas piadas. Todas, sem exceção, não tinham fluidez e pareciam ensaiadas. Ficavam claros os momentos em que um personagem recebia a deixa para entregar a piada – que, para piorar, muitas vezes era fraca.
Contudo na sequência, ainda que este problema continue em alguns momentos, as piadas fluem melhor. Talvez o elenco esteja em maior sintonia.
Inclusive esse é um ponto muito importante. Além de Jesse Eisenberg, Woody Harrelson, Emma Stone e Abigail Breslin parecerem melhor entrosados aqui, o novo elenco colabora em muito. Rosario Dawson é essencial para que o roteiro funcione a partir de certo momento. Luke Wilson e Thomas Middleditch trazem um tom meio o Gordo e o Magro e a dupla funciona muito bem tendo sua participação na medida certa para o enredo (mais tempo de tela e poderia deixar de funcionar).
Ainda assim quem rouba a cena é Zoey Deutch. No papel de uma patricinha burra ela acaba sendo a cola para o quarteto principal funcionar, é quem levanta a bola das piadas no tempo certo para eles cortarem.
Entretanto não espere muito do roteiro. Como dito, é um entretenimento para distração. A história é previsível do começo ao fim. Para não dizer que completamente, eles trabalham mais o horror nesta sequência, trazendo alguns leves pontos de dúvida sobre o destino dos personagens.
Por fim uma coisa é certa: “Zumbilândia: Atire Duas Vezes” é um filme para se ver em grupo, a risada coletiva estimula mais o achar engraçado em situações que talvez vendo sozinho você não veja graça. Ainda que continue pecando em alguns erros do primeiro filme, consegue ter um fluxo melhor e encaixar bem novos personagens. E o que funcionou antes continua funcionando aqui, como as regras e um certo personagem extra.
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