Faz algum tempo que não dou as caras aqui na Central 42. Às vezes estou tão revoltada com as notícias que leio, e até quero escrever sobre elas, mas fico com pena do leitor, pois vai azedar o fígado… Notícias que me deixam possessa e com sensação de impotência, como saber que pacientes com câncer e outras doenças graves, que necessitam de remédios caríssimos, ficam sem remédios essenciais durante o tratamento, com a sentença de morte praticamente assinada pelo ministério da Saúde (??????), pois não há repasse de verbas, ou limitam a porcentagem do que pode ser gasto por instituição com tal doença, e outras baboseiras. Mas devo ficar assim porque tenho formação na área de saúde, e sei como o paciente sofre. Talvez eu seja muito sentimental e pouco prática.
Outro assunto que me deixa depressiva é o rumo da educação no país. Em terceiro lugar vem os nossos políticos querendo fazer voltar a censura aos meios de comunicação. Em suma, não posso mais ler jornal, assistir noticiários, ou vou ficar refém da Fluoxetina!
Mas como nem tudo é o que está sendo jogado no ventilador, vou compartilhar com a turma da Central 42 o que eu li na Veja da semana passada. OK, estou atrasada, mas vale à pena (e quem não teve nunca que trocar a diversão pela confecção do jantar que atire a primeira pedra!).
Primeiro, já vou disponibilizar o endereço eletrônico a qual todo o cidadão consciente deve acessar http://www.euvotodistrital.org.br/, para assinar a petição que será enviada para Brasília. Agora eu vou explicar o porquê.
Com o voto distrital, o Brasil seria dividido em 513 distritos eleitorais, que é o mesmo número de cadeiras na Câmara. Ficaria mais fácil votar, pois o número de candidatos diminuiria absurdamente, já que cada partido pode apresentar somente um candidato por distrito. Poderíamos realmente saber o perfil de cada candidato, ao invés de ficarmos assistindo ao desfile de centenas de palhaços querendo um cargo para deputado federal, por exemplo.
São Paulo, por exemplo, teria 70 distritos. Você elege uma pessoa só, que vai representar o seu distrito, e tem um programa só para aquela região. Consegue guardar o nome do político (tal como lembramos o nome do nosso prefeito ou governador), e cobrar do cara o que ele prometeu. Se ele não cumprir, não será votado numa próxima eleição. Igual ao “moça bonita não paga, mas também não leva”…
Outra vantagem é que seu voto vale somente para quem você votou, acabando com a palhaçada de “vote um e ganhe mais dois políticos corruptos”, como ocorre hoje com as coligações. A Veja chamou de “efeito tiririca”, e me deixou com enjôo de saber que “das 513 cadeiras da Câmara, apenas 36 foram ocupadas por políticos que chegaram lá com os próprios votos.”
Isso significa que 93% dos empossados estão lá graças aos votos dados a outros políticos.
A campanha também ficaria mais barata, pois o candidato para de saracotear por todo o estado a que pertence e se limita ao distrito a que concorre. O gasto público diminui também, porque diminuem os sindicalistas, religiosos e representantes de grupos de pressão organizados ocupando uma cadeira na Câmara. Isto significa que a população toda será mais bem representada, e não somente grupos específicos, que ficam pressionando os eleitos para que o dinheiro público seja enviado, através de emendas parlamentares, para esses grupos de pressão. O dinheiro que pagamos com os impostos então vai beneficiar a todos, e não a um grupo específico.
Outra vantagem é que representantes de oligarquias políticas, ou facilitando, aqueles sobrenomes que vão passando de pai para filho nas cadeiras de câmara, congresso, senado etc., teriam muita dificuldade de se eleger, pois teriam que disputar ombro a ombro com lideranças regionais, que prometem e fazem. Um “Não Sei Quem Filho” ou “Outro Qualquer Neto” podem até continuar tendo dinheiro para uma campanha mais rica, mas tem que demonstrar competência para continuar no jogo da política, e não só apadrinhamento…
Outro efeito importantíssimo é que as capitais (leia-se aqui, aquelas cidades de onde saem à maior porcentagem de impostos para girar a máquina do Estado) teriam maior representatividade na Câmara. Atualmente as capitais têm muito poucos representantes, pois os votos se distribuem entre as centenas de candidatos que pipocam nas campanhas. Ocorre que nas capitais também se concentra a população “mais politizada, mais educada e reivindicante do eleitorado nacional”, segundo o cientista político Amaury de Souza, na Veja. Portanto, quem paga mais poderia opinar de maneira efetiva sobre o destino dos impostos, e exigir o cumprimento das “promessas”.
O congresso também se fortalece, pois se torna mais independente do Executivo, o que significa, na prática, que terá que agradar não só a base do governo, mas aos eleitores que votaram nele, cumprindo as promessas, e não sendo conivente com os desvios de verbas que tinham fins determinados. E se podemos votar em quem gostamos, também podemos votar contra quem não gostamos, pois o número de escolhas se reduz muito.
Por último e o melhor: a corrupção diminui, pois a troca de apoio entre os “amiguinhos” para se fazerem votar projetos de lei e medidas provisórias, com trocas de cargos de governo e etc., acaba. Os partidos terão que procurar gente competente para assumir os cargos, e não aquele que tem mais dinheiro para campanha, ou arranca palmas no circo…. O candidato tem que agradar ao eleitor, senão, tchau, tchau, carreira política. Ah, e o voto distrital pode ser aplicado nas eleições estaduais e municipais.
Então, que tal acessar o banner abaixo e votarem SIM para o voto distrital? Eu já votei, pelo bem do meu país, do futuro dos meus filhos, e do meu bolso. E compartilhem esta idéia, divulguem este texto. Eles precisam de 100.000 assinaturas!!!
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