Marcamos presença na coletiva de imprensa do polêmico e aclamado, mundialmente musical, Jesus Cristo Superstar.
Esta coletiva girou em torno das polêmicas e do âmbito musical do rock-lírico.
Na mesa principal tínhamos o trio de atores/cantores principais: Igor Rickli, Negra Li e Alírio Neto, respectivamente Jesus Cristo, Mª Madalena e Judas Iscariotes e muito bem acompanhados pelos diretores da peça Jorge Takla, Anselmo Zolla e Vânia Pajares. Estes que já se encontraram em outros trabalhos, mas que com certeza nada que se compare a este musical por sua ínfima diversidade em formas de expressão, de canto, de atuação em geral.
O ponto intrigante é que esta peça, desde sua primeira versão, chega aos palcos após movimentos do povo contra o governo. Na época da versão de Vinicius de Moraes foi logo após os chamados Anos de Chumbo, e agora, a versão de Takla, vem com toda sua irreverência após as manifestações de junho do ano passado.
O rock consagrado em 1970 tem papel fundamental neste musical, ainda sendo uma opera rock, Vânia Pajares (diretora musical) diz que pediu muito mais bateria e guitarra nesta produção, pois a intenção é impactar, mostrar que o musical tem uma formatação atual e que gira em torno de um Cristo e, também, de um Judas bem humano, próximo a nós em nossas lutas e desafios diários.
Quando questionado sobre as mudanças e adaptações em questão de época, Takla nos disse que ao contrário a peça é jovem por si só, foram mínimas as mudanças.
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Um dos pontos polêmicos tratados foram as questões que têm sido levantadas pela Associação dos Devotos de Fátima e também pelos evangélicos, que dizem que a peça fere suas crenças, pois o retrata como um Cristo sexual, Mª Madalena como sua concubina e Judas como uma pessoa arrependida, enfim, segundo estes, uma romantização fora do contexto bíblico, tornando-se uma blasfêmia.
Ainda com estas questões, os atores se sentem preparados para enfrentar tais plateias e com garantia de dever cumprido em tocar o público com suas interpretações.
É isso aí. Venha você também ao Complexo Othake Cultural prestigiar esta obra, que não deixa nada a desejar, ao contrário, até ultrapassa todas as expectativas que tinham Andrew Lloyd Webber e Tim Rice.
Nossos parabéns ao Jorge Takla, Vãnia Pajares e Anselmo Zolla.
SERVIÇO – JESUS CRISTO SUPERSTAR
Temporada: de 14 de março a 08 de junho
Local: Teatro do Complexo Ohtake Cultural – (Rua dos Coropés, 88 – Pinheiros)
Horários: quintas e sextas, às 21h; sábados, às 17h e 21h; domingos, às 18h
Duração: 130 minutos em dois atos (com intervalo de 15min)
Ingressos: de R$ 25,00 (meia-entrada) a R$ 230,00
Classificação Etária: Classificação livre. Menores de 12 anos acompanhados dos pais ou responsáveis legais.
1 Comment
o que eu não concordo é que ninguém sabe como foi a aparência de jesus e sempre coloca um homem branco, de olhos azuis e cabelos compridos, sendo que ele nasceu e viveu em uma região de deserto, alem da blasfêmia e usando o nome dele em vão