A peça Histeria, sob direção de Jô Soares, estreou no dia 6 de maio e sua estreia foi prestigiada por convidados ilustres, muitas celebridades e figuras carimbadas do teatro.
Em sua primeira montagem, a comédia teatral escrita por Terry Johnson foi dirigida por John Malkovich no ano de 1993 com grande sucesso de público. A versão brasileira foi traduzida e dirigida por Jô Soares, e mostra o inusitado encontro entre o pai da psicanalise, Freud, com o pintor surrelista Salvador Dali.
Pedro Paulo Rangel dá vida a Freud, e Cassio Scapin se encarrega de viver Dali. Sob direção marcante e primorosa, envolta a linguaguem do humor, os atores vivem situações absurdas diante do encontro da psicanalise e do surrealismo. Freud (1856-1939) e Dali (1904 – 1989). A comédia representa o encontro real entre o pai da psicanalise e o pintor, ocorrido em 1938.
Além dos dois protagonistas, outros dois personagens fazem parte da trama. Um médico judeu que tratava de Freud em sua casa, vivido por Milton Levy, e Jéssica, uma jovem cheia de mistérios e de atitute, vivida por Erica Montanheiro, completam o elenco que compõe essa história sobre sonhos, surrealismo e incertezas para todos os personagens.
Erica se destaca no palco pela interpretação marcante de sua personagem, e o elenco de peso enriquece o texto, composto por diálogos inteligentes, alucinações e um ritmo frenético que nos faz pensar no que é real e surreal.
As situações e revelações apresentadas na peça giram em torno da evolução da aventura humana nas artes, nas guerras, nas conquistas sociais, na revolução sexual e no nascimento do surrealismo. Adianto que esta peça traz questões surpreendentes e recomendo: independente de qualquer coisa, esta montagem é imperdível para quem gosta de teatro, psicologia, surrealismo e diversão.
|
|
Comments are closed.