Paulo Guiraldelli publicou em 24/04/2014 uma matéria em seu site pessoal com o título “Sexo com crianças é bom“.
Meu Deus…
O senhor pseudointelectual Ghiraldelli que me perdoe, mas não quero minhas filhas presenciando e imitando quadradinhos de quatro, de oito ou múltiplos vindouros, ou garotos pré-púberes esfregando seu baixo-ventre e genitália em programações infantis, ou cavalonas ensinando em exemplos como excitar um marmanjo, ou ainda “Quebras-Barracos” declinando toda a sua honorável visão sobre as genitálias masculinas e femininas e modos de usar.
Mudo de canal e se vazou alguma podridão pras cabecinhas de minhas crianças explico-lhes que aquilo é falta de respeito com suas condições de mulheres, crianças e seres pensantes.
Há coisas melhores a se prestar atenção. São mulheres, apesar da tenra idade e não devem se render a manifestações nefastas que as reduzam a nacos de carne ou objetos sexuais alegóricos. São crianças e devem ter respeitado seu momento de desenvolvimento e seu direito ao lúdico e à inocência. São seres pensantes e civilizados e como tais devem ter direito ao que de melhor há na produção cultural e artística, esta última entendida como a sublimação de um povo e a transcendência do padrão rasteiro de pensamento e da condição mundana da humanidade através da reflexão elevada de seus artistas. Notem que eu me referi a Artistas.
O texto do senhor Ghiraldelli é a defesa da mais absoluta boçalidade, do mau-gosto, do indefensável, do abominável… É numa sociedade rota como a nossa, a confusão de sexualidade com democracia, de estética (ou a falta dela) com ética, do instintivo com intelectualizado, de desejos com direitos.
A sexualidade das crianças acontecerá naturalmente, na medida em que estas forem deixando de serem crianças e seus corpos, capacidade reprodutiva, hormônios, curiosidade e desejos surjam naturalmente e não enfiados goela abaixo como padrão de comportamento inclusivo a ser copiado indiscriminadamente.
O senhor Ghiraldelli que vá brincar de “sexualidade” com seus prôprios filhos, ou aplaudí-los “descendo na boquinha da garrafa” ou “até o chão, chão, chão”, que com as minhas vou brincar de castelinhos de areia, esconde-esconde, bola, mãe-da-rua, pula-sela, bicicleta, cantar cantigas de roda, contar histórias pra dormir e demais coisas que pertençam realmente ao universo infantil.
Como ouvi certa vez: “Onde tudo vale, nada tem valor”.
Comments are closed.