X-Men Apocalipse +Parecia que ia ser uma trilogia, mas de repente chegaram a quarta (X-Men: Primeira Classe), a quinta (X-Men: Dias de um Futuro Esquecido) e agora a sexta película (descontando os filmes de Wolverine) narrando a trajetória dos jovens “superdotados” do Instituto Charles Xavier. X-Men: Apocalipse vem para resgatar a infância de quem assistia ao desenho, X-Men: Evolution (se você sentia falta de ver todos os personagens principais como adolescentes, talvez fique um pouco mais satisfeito em Apocalipse).

Particularmente, eu acredito que podemos esperar ansiosos sempre que anunciarem um filme X-Men, porque até agora os roteiros estão bem criativos. Nem deu ainda para enjoar da cara dos atores, já que os três últimos filmes vêm num período cronológico diferente dos demais e o elenco não é exatamente igual. A única constante mesmo é Wolverine (Hugh Jackman) e, ainda assim, em Apocalipse, ele só faz uma aparição rápida, para não passar em branco mesmo – como no Primeira Classe, em que ele surge por breves vinte segundos em cena.

Mas retomando o que havia falado antes… Apocalipse está um pouco mais próximo do Evolution – tanto que a história gira em torno da ascensão de Apocalipse, um dos mutantes mais antigos (reza a lenda, o primeiro mutante da História) e o mais poderoso que já surgiu; mutante este que é retratado no desenho como um dos mais difíceis inimigos a serem derrotados. Demoram vários episódios e acontecem diversas coisas antes que ele seja finalmente vencido. Fiquei realmente emocionada em saber que esse seria o sexto filme dos X-Men.

De resto, tentaram incorporar o que já havia sido estabelecido no universo mutante por meio dos filmes anteriores de uma forma a ficar mais próximo do desenho. Mas eu não acho que a gente deva se apegar a detalhes para ficar criticando, porque independentemente de qualquer coisa, ficou show! Não tem como não ficar agarrando com força o braço da poltrona: tem muitos efeitos seriamente realistas e cenas em que a gente faz careta mesmo (a galera sendo esmagada enquanto uma pirâmide desmorona, ossos rearranjando-se para fora do corpo humano etc). E preciso dizer que achei muito inteligente a forma como mostraram o passar das eras desde a queda de Apocalipse, no Egito Antigo, até seu despertar, em 1983.

X-Men

Ah, e posso apenas falar que não gosto da Moira? Ela sempre causa alguma desgraça (da primeira vez estando indiretamente envolvida em Charles ter ido parar numa cadeira de rodas; e agora a mãozinha podre dela despertou o mutante capaz de trazer o fim dos dias). Francamente, apenas pare, moça. Não tá dando certo.

Mas voltando ao roteiro… En Sabah Nur (Oscar Isaac), também conhecido como Apocalipse, já que sempre traz algum tipo de calamidade por onde passa, era adorado como um deus no Egito. Sempre o acompanhavam quatro mutantes poderosos, seus “braços direitos” – e talvez venha daí a história da Bíblia sobre os Quatro Cavaleiros do Apocalipse. Num belo dia de verão, em que ele estava fazendo o mesmo de sempre (transferindo sua consciência para o corpo de outros mutantes, para acumular mais poderes), seus súditos o traem e fazem com que fique aprisionado nos restos de uma pirâmide por milhares de anos. Quando desperto, em 1983, ele retoma seus planos de dominação mundial e calamidade, e resolve reunir novamente quatro cavaleiros. Tempestade (Alexandra Shipp, numa versão teen punk, com direito a moicano e roupas um pouco “rebeldes” para um país tão tradicional quanto Egito, devo dizer), Psylocke (Olivia Munn), Anjo (Ben Hardy) e (adivinha?!) Magneto (Michael Fassbender) – que está sempre envolvido nos paranauês de mudança da ordem mundial – são seus novos cavaleiros, e os X-Men precisam se organizar para acabar com essa ameaça.

Scott Summers (Tye Sheridan), Jean Grey (Sophie Turner) e Kurt Wagner (Kodi Smit-McPhee) foram bem representados: acho que a imagem de muito jovens e inexperientes ficou bem clara. Parecia mesmo que víamos surgir os X-Men; eu gostei bastante.

O humor ficou a cargo de Peter (Evan Peters), que agora mais abertamente aparece como o filho perdido de Magneto (Michael Fassbender). Não tem como não olhar para a cara dele e não querer rir; é um desses personagens que automaticamente a gente associa com palhaçada. Só sinto falta da irmã dele (segundo o Evolution, também filha de Magneto). Será que um dia vão mostrá-la?

Basicamente, é isso: típico filme de super herói, com muita cena de ação em sequência e efeito especial a torto e a direito – isso é, até que a Jean resolve mostrar o quanto ela é poderosa; daí ela faz mais paranauês incríveis e acaba o filme. Eu já esperava algo assim mesmo, então foi bem dentro das expectativas.

Mas assistam, de verdade. O final é um pouco rápido, mas o conjunto da obra vale muito a pena.

Author

Universitária, escritora de contos presos na gaveta, nerd e "apenas uma dessas pessoas estranhas".

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