Em 2009 foi lançada a série MSP 50 – Maurício de Souza por 50 Artistas. Isso puxou a criação das Graphic MSP, que consiste em histórias de personagens do estúdio feitas por artistas brasileiros consagrados. Turma da Mônica – Laços foi a segunda a ser lançada em 2013, criadas por Lu Cafaggi e Vitor Cafaggi.
E foi essa história a escolhida para estrelar o primeiro live action da Turma da Mônica. O filme estreará dia 27 de junho e nós, do Central 42, tivemos o privilégio de assistir em primeira mão hoje, seguido de uma coletiva de imprensa com o elenco mirim, Maurício de Souza, diretor e roteirista. Veja abaixo o que achei.
Qual a história de Turma da Mônica Laços?
A vida segue seu trajeto normal no bairro do Limoeiro. Cebolinha cria planos para roubar Sansão junto ao Cascão, e Mônica se livra das emboscadas com a ajuda de Magali.
Porém, certo dia, Floquinho desaparece. Os quatro então se unem, em volta de um plano infalível, criado por Cebolinha, para encontrarem o cãozinho.
Juntos eles terão de enfrentar desafios e colocar em prática o melhor dessa amizade para resgatarem Floquinho e voltarem sãos e salvos para casa.
Turma da Mônica Laços – vale o ingresso?
Logo no começo da coletiva o diretor Daniel Rezende comentou de testes que fizeram com vários públicos e a resposta que receberam. Entre as crianças a aprovação foi de 98%, enquanto entre os pais foi de 90%. São números incríveis, mas acredito que aqui possa entrar a maior preocupação dos produtores.
Turma da Mônica é um clássico da cultura pop nacional. Muitas gerações foram alfabetizadas tendo os gibis como base. Dessa forma, talvez os fãs das antigas – que já estarão levando filhos para assistir aos filmes – serão os críticos mais chatos.
Isso porque é difícil ver personagens tão fortes em nosso imaginário trazidos à vida. Mas tenho uma ótima notícia para você: eles cumprem seu papel.
O quarteto de atores passa com muita veracidade a amizade e entrosamento existente entre Mônica, Magali, Cebolinha e Cascão. Além disso, peço atenção a Giulia Barreto que, na minha opinião, deu vida a uma Mônica perfeita. Também dedicaria palmas a Gabriel Moreira que traz ótimos alívios cômicos com seu Cascão. Kevin Vechiatto (Cebolinha) e Laura Rauseo (Magali) têm a cena roubada pelos outros dois, mas cumprem seus papéis com satisfação.
Ainda sobre o elenco, uma cena que não existe na Graphic Novel com o Louco foi colocada no filme. E que bom que isso aconteceu! Se não, perderíamos a chance de ver Rodrigo Santoro dando carne, ossos e alucinações perfeitas a seu personagem. Mônica Iozzi e Paulo Vilhena como pais de Mônica e Cebola são rostos conhecidos que cumprem muito bem suas funções.
A única coisa que me incomoda um pouco é o estilo de filmagem – mas esse é um “problema” do cinema nacional de forma geral. A filmagem parece ser feita para TV, e não para cinema. Cores, iluminação, fotografia, estilo de filmagem, me remetem a um programa – muito bem feito – mas para TV. E a cor digital colocada no Floquinho também incomoda um pouco no começo, mas nada que a visão não acostume com o passar do filme.
Mais alguns detalhes
Para os adultos detalhistas, o filme pode acabar te ganhando na nostalgia. Recomendo muita atenção aos mínimos detalhes. O que não falta nesse filme são easter eggs, principalmente no início do filme. A cada um que aparecia ouvia-se aquele suspiro de satisfação do público.
Além disso, preparem-se para participações especiais de Sidney Gusman (responsável pelo planejamento editorial da MSP) e de Maurício de Sousa (SIM! O nosso Stan Lee também participará do “Mônicaverso”).
Uma história delicada e cativante que deverá agradar a todas as gerações que cresceram com essa turminha! Prestigiem pois, segundo o diretor Daniel Rezende, já estão em negociação para as continuações!
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