Antes de começarmos a falar de filmes indies, quero informar-lhes sobre minha morte. Digo, morte parcial. A morte de um nome.
Há cinco anos uso “Bloom” ao invés do meu verdadeiro sobrenome. Dizem que é nome artístico, sei lá. Deve ser. Mas a questão é que quando o agreguei ao meu nome, eu assistia muito à desenhos animados. Um deles se destacava, não por ser meu preferido, mas por uma das personagens ser ruiva (eu era obcecada por personagens de desenho ruivos).
Sim, estou falando de “O Club das Winx“. Agora é a hora em que você dá aquela boa gargalhada. A junção surgiu para criar meu primeiro e-mail, aos 11 anos, e acabou pegando. Na época fazia muito sentido e creio ser menos pior do que homenagear o Orlando Bloom, por exemplo.
Mesmo marcando uma fase muito especial, não me identifico mais com o Bloom, afinal não sou a mesma menina que era aos 11. Muita gente me diz que não posso mudar meu nome, pois esse já está “registrado”, mas eu discordo. Senti necessidade de mudança e aí está. Se era nome artístico, bom, meu traço também mudou bastante.
Agora vem a parte mais complicada. A escolha do “novo eu”. Deve ser forte? Imponente? Ah… Pra que? Deve ser apenas eu. E bota apenas nisso. Depois de buscas intermináveis – nem tanto – cheguei à minha nova persona. “Biancalana” é o sobrenome de uma parente distante e que significa “lã branca”. Acho bonito, pois antes de pensar nisso, já carregava essa brancura desde o berço. Mas… o que é o branco? O branco é a junção de todas as cores. Porque escolher apenas o azul ou o amarelo, se posso ser todas?! Acho que é mesmo coisa de artista…
Por fim, para não plagiar ninguém e nem me perder nas facetas, separei e criei uma nova assinatura para os meus desenhos.
Como nem tudo são flores, alguém sempre vai me perguntar se tem a ver com a Lana Del Rey, assim como falavam do Orlando Bloom, mas estou me acostumando. Deve fazer parte desse meio de nome artístico, sei lá. Deve ser.
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Primeiramente, se você não sabe o significado do termo “indie” é porque:
1. você está alienado das questões relacionadas à sociedade atual ou
2. você é novo aqui e ainda não leu essa postagem AQUI na qual explico sobre o conceito e a música indie.
Enfim… Após as devidas considerações, confiram os 5 filmes mais indies da face da Terra, incluindo enredo, trilha sonora, direção de fotografia, paleta de cores e estranheza dos personagens…
★ ★ ★ ★ ☆
Origem: Estados Unidos
Ano: 2013
Gênero: comédia dramática
Direção: Noah Baumbach
Fotografia: Sam Levy
Roteiro: Noah Baumbach
Elenco: Greta Gerwig, Mickey Sumner, Adam Driver, Charlotte d’Amboise, Michael Esper
Sinopse: Frances (Greta Gerwig) mora em Nova York com sua melhor amiga Sophie (Mickey Sumner) e é aluna numa companhia de dança, apesar de não ser bailarina. A jovem, que não tem o reconhecimento que esperava, se joga de cabeça em seus sonhos, mas precisa lidar com questões da vida adulta apesar de não querer crescer. O filme é todo em preto e branco com estética linda e impecável. Apesar das grandes reviravoltas no enredo, Frances lida com tudo de maneira divertida e quase infantil. Um filme para se ver numa tarde chuvosa ou enquanto se toma um chá com biscoitos. Sua delicadeza fará você rir e torcer otimista por Frances, nossa querida protagonista.
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2. Her
Origem: Estados Unidos
Ano: 2014
Gênero: drama, romance, ficção
Direção: Spike Jonze
Fotografia: Hoyte van Hoytema
Roteiro: Spike Jonze
Elenco: Joaquin Phoenix, Amy Adams, Scarlett Johansson
Sinopse: Sou suspeita pra falar desse filme, pois ele é muito especial pra mim e considero sua estética a mais perfeita dos últimos tempos. Apesar de se passar no futuro, tem uma pegada retrô que se reflete no vestuário dos personagens e nos tons pasteis com um “efeito de sépia” (não conheço os termos corretos). O filme conta a história de Theodore (Joaquin Phoenix) é um escritor solitário, que acaba de comprar um novo sistema operacional para seu computador chamada Samantha (Scarlett Johansson). Para a sua surpresa, ele acaba se apaixonando pela personalidade deste programa informático, dando início a uma relação amorosa entre ambos. É contado de forma sensível, o que fará você também ignorar os barreiras da realidade e torcer por esta história de amor incomum que explora a relação entre o homem contemporâneo e a tecnologia,
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3. Submarine
★ ★ ★ ★ ☆
Origem: Estados Unidos
Ano: 2011
Gênero: comédia dramática
Direção: Richard Ayoade
Roteiro: Richard Ayoade
Elenco: Craig Roberts, Yasmin Paige, Noah Taylor, Paddy Considine, Sally Hawkins, Darren Evans, Osian Cai Dulais
Sinopse: Esse é praticamente um clássico do cinema indie, afinal toda a trilha sonora é de ninguém menos que Alex Turner, o vocalista charmoso do Arctic Monkeys. O filme narra a história de Oliver Tate (Craig Roberts), um menino de 15 anos que tem dois objetivos na vida: perder a virgindade antes do seu aniversário com a sua nova namorada Jordana (Yasmin Paige), e tentar afastar a mãe do ex-namorado que se mudou para a casa ao lado. O enredo reflete a transição da infância para a adolescência do protagonista, com a conhecida métrica da garota de personalidade forte e do menino inseguro, que, aliás, não falha nunca!
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4. As Vantagens de Ser Invisível
★ ★ ★ ☆ ☆
Origem: Estados Unidos
Ano: 2012
Gênero: comédia dramática
Direção: Stephen Chbosky
Roteiro: Stephen Chbosky
Elenco: Logan Lerman, Emma Watson, Ezra Miller, Nina Dobrev, Paul Rudd, Mae Whitman, Johnny Simmons, Erin Wilhelmi
Sinopse: Filme bonitinho, trilha sonora boa e com aquele tom depressivo nas entrelinhas. Conta a história de Charlie (Logan Lerman), um jovem que tem dificuldades para interagir em sua nova escola. Com os nervos à flor da pele, ele se sente deslocado no ambiente. Sua professora de literatura, no entanto, acredita nele e o vê como um gênio. Mas Charlie continua a pensar pouco de si… até o dia em que dois amigos, Patrick (Ezra Miller) e Sam (Emma Watson), passam a andar com ele.
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5. Frank
Origem: Reino Unido, Irlanda
Ano: 2014
Gênero: comédia dramática
Direção: Lenny Abrahamson
Roteiro: Jon Ronson
Elenco: Michael Fassbender, Domhnall Gleeson, Maggie Gyllenhaal, Scoot McNairy
Sinopse: Não é à toa que Frank está por último. Coloquei-o no final para que, seletivamente, apenas os leitores bons que chegassem até aqui pudessem descobrir essa genialidade em forma de filme.
Frank é um desses filmes independentes muito especiais, do tipo que define seus personagens por suas patologias e/ou esquisitices. A curiosa banda de título impronunciável The Soronprfbs é composta por um tecladista suicida, um homem que só tem desejo sexual por manequins de lojas, um francês que não se comunica com ninguém, uma mulher agressiva com impulsos assassinos, uma baterista indiferente à tudo, um compositor sem talento nenhum que procura sucesso, e Frank, o líder do grupo, um homem que usa uma cabeça falsa o tempo inteiro, mesmo para comer, tomar banho e dormir. Possui a mesma estética de Her na ideia de resgatar a temática retrô com figurinos e paleta de tons pasteis. Esse é um filme que vale à pena pela sensibilidade (ao mesmo tempo cômico), trilha sonora, estética impecável e extrema genialidade.
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1 Comment
Eu já assisti 3 dos 5, e adoro todos!
Certamente eu irei gabaritar essa lista
obgd