Sinfonia para Ana é o vencedor de Melhor Longa Estrangeiro do 45º Festival de Cinema de Gramado.
Confesso que tinha muita expectativa sobre o filme, que se cumpriu.
Filme dirigido por Virna Molina e Ernesto Ardito, baseado no romance de Gabi Meik.
O filme, contado com muita sensibilidade, é a história de Ana (Isadora Ardito), uma adolescente que está descobrindo o mundo e precisa se dividir entre uma grande amizade e um novo amor, justamente no momento em que seu país é tomado pelo Golpe Militar de 1976.
A paixão por Lito (Rafael Federman), a vontade de ajudar seu País e lutar por ideais políticos pareciam estar sempre em constante conflito, demonstrando imaturidade e colocando em risco sua própria vida, juntamente com seus colegas.
Por ser uma menina de classe média e estudar em uma escola tradicional de Buenos Aires, também precisava enfrentar seus pais que zelavam por sua segurança e sabiam que, o idealismo e os protestos em que a filha se envolvia, poderiam trazer consequências trágicas, pois muitos eram presos, torturados e, também, desapareciam.
O filme, é atual, arrebatador, sensorial.
Por conta da trilha, que de fato é uma sinfonia, nos toca e viajamos em sua trajetória.
Uma verdadeira montanha russa de emoções até o fim.
Elenco bem preparado, que se entregam com muita maturidade em cena e é impossível não sentir as dores dos personagens, suas frustrações e anseios.
A fotografia contribui, em destaque para as películas que eram da época, nos presenteando relatos históricos, além de lembranças da infância, nos momentos alegres e tristes.
Algumas pessoas irão se identificar com cada um dos personagens em sua adolescência.
Agora é torcer para que chegue logo nas telonas do Brasil.
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