Participamos do encontro do filme “A Noite da Virada” que reuniu no dia 8 de dezembro, artistas renomados para a coletiva de imprensa que ocorreu no Staybridge, Itaim Bibi, São Paulo.
Este filme que cita o amor em diversas vertentes, tem como núcleo três casais nada convencionais.
Rosa (Luana Piovani) e Mário (Marcos Palmeira) são o casal bem sucedido, saudáveis, par de ricaços assumidos que moram em uma bela mansão e levam uma vida digna de rainha e rei. Mas como tudo tem um porém, ou seja, nada é perfeito.
Rosa sofre com a frieza do esposo, que passa tempo demais fora de casa cuidando dos interesses financeiros, e por isso ela acaba se envolvendo com Duda (Paulo Tieenthaler) que é seu vizinho, músico e casado com Ana (Julia Rabello). Estes que vivem um melodrama bem complicado, afinal o marido resolve anunciar que tem um caso com a vizinha durante a tão aguardada festa de réveillon.
O outro casal, tema também bastante complicado, se é que pode se dizer assim, são Ale (Luana Martau) e Rica (João Vicente de Castro). Malucos por sexo, vivem aprontando. Até chegar ao ponto de que Rica, ao invés de pular sete ondinhas, “necessita” de sexo sete vezes seguidas antes da virada do ano, para garantir boa sorte, ou ótimas transas no ano de 2015.
Por estas e muito mais, eu lhes garanto que o título do filme foi perfeitamente escolhido, afinal não se trata apenas da virada do ano, e sim, de muitas viradas nas vidas destes personagens.
E o mais hilário desta dramédia é o local da casa, de Ana e Duda, onde tudo isso acontece. Os fatos são todos, ou em quase 85% do filme, passados em um local nada comum para se focar em festas como estas – este espaço pequeno e intimista, que é o banheiro, vira o grande palco, para brigas, paixões, fofocas, desavenças e até para um traficante embananado aprontar das suas… E este traficante é ninguém mais que o nosso querido Rodrigo Sant’Anna, vulgo Fumaça.
Na entrevista Luana Piovani nos diz que:
“Toda festa tem seus pontos dramáticos e também cômicos. E claro que tudo isso, numa boa festa dá muito pano pra manga”.
Luana também brinca fazendo uma comparação: “Nossa equipe de filmagem casou tão bem, que mais parecíamos aquela problemática 5ªC, turma de ensino médio da qual os professores vivem dando bronca. Nas gravações, o Fabinho (Fábio Mendonça) tinha muitas vezes que gritar conosco – Hey isso não é uma festa de verdade. Acalmem-se.”.
Já Marcos Palmeira, diz que este personagem fugiu de tudo que ele já tinha feito até agora, pelo grande fator de que Mário tem muitas mudanças dentro do filme.
“Nesta coisa da dramédia, o meu personagem tem uma curva grande. Ele sempre estava num processo de troca com os atores, mas não para intelectualizar demais… E como tinha a coisa de brincar com o improviso, e meu processo foi dar ênfase a algo que nunca fiz, me moldar a cada cena com um sentimento, um modo, um tipo diferente, foi um aprendizado muito maior que levarei por toda a minha vida”, diz Marcos Palmeira.
Andreia Barata falou um pouco sobre sua produção na área da comédia e qual a expectativa deste mercado: “Minha vontade era comédia, mas não totalmente três piadas por página, nada tão fácil.”.
Todos estão otimistas. Se for tendência ou não, os produtores brasileiros estão buscando outras vertentes, pois afinal comédia cansa e ainda mais o mesmo tipo de comédia. Agora eles aguardam o resultado, pois o filme tem tudo para agradar ao público.
O filme foi baseado na peça “O Banheiro” de Pedro Vicente, bastante conhecido por ser sobrinho do cartunista Ziraldo. Ele fez a primeira encenação desta peça em 1995 no antigo Centro Cultural da USP (Centro Cultural Maria Antônia). Agora o dramaturgo, escritor e artista plástico volta à tona sendo base para um filme com grandes atores globais e diz, quem sabe, a peça até retorne em cartaz.
Enfim, agora é só ir aos cinemas curtir muito, e se inspirar em algumas coisas para aproveitar esta grande virada.
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