O Studio Ghibli, que surgiu oficialmente em 1985, é um grande criador de animações. NãoO castelo animado porque produza uma grande quantidade de filmes, mas porque é responsável por produções que marcam gerações. A qualidade da direção e demais aspectos técnicos aliam-se a grandes tramas, e o resultado é único. Foi assim que, quando topei com O castelo Animado (2005) recentemente, não pude resistir a falar sobre ele.

O castelo animado é mais um na série “foi baseado num livro” (Howl’s Moving Castle, de Diana Wynne Jones). O aclamado diretor Hayao Miyazaki escreveu e conduziu uma obra fantástica sobre magia, juventude, insegurança, romance e coragem. Não é preciso avançar muito no filme para que bocas se abram.

Numa cidade em que o maior assunto é a guerra, onde naves com as bandeiras da nação passam a todo momento sobrevoando as ruas e soldados aguardam em cada esquina, há uma jovem chapeleira chamada Sophie. Um dia, a Bruxa das terras abandonadas entra na sua loja de sua família depois de encerrado o expediente e, sem grandes explicações, transforma-a numa velha de noventa anos.

O castelo animado+++Vendo que a maldição parece permanente, Sophie abandona a loja e parte em direção às montanhas, encontrando abrigo no Castelo ambulante de Howl (que está mais para A Toca da família Weasley, já que parece tudo menos um castelo), feiticeiro famoso por devorar o coração de moças bonitas. Calcifer, demônio do fogo escravo de Howl, reconhece imediatamente a maldição em Sophie e faz um acordo com ela: se a jovem descobrir o que o prende a seu mestre, o demônio a ajudará a liberar-se do feitiço.

O convívio com o demônio e Markl, o pequeno aprendiz de Howl, é surpreendentemente fácil. O último,O castelo animado+ especialmente, torna-se bastante apegado à Sophie. O ocupante mais misterioso do castelo é seu dono; ainda assim, apesar de toda a sua magia, o feiticeiro revela aos poucos defeitos que o tornam mais humano e, portanto, amável. Assim como Sophie, ele apenas precisa de alguém que tenha paciência o suficiente para abalar os muros que ergueu em torno de si.

Servos-sombras, homens capazes de transformarem-se em pássaros, gente levitando, espantalhos com vida própria… Nada falta, nada sobra: há o suficiente para O castelo animado ser adoravelmente arrebatador.

Está na minha lista de favoritos, com certeza. Recomendo e espero que gostem!

Segue o trailer, mas ignorem a narração. Não ficou nada boa.

Author

Universitária, escritora de contos presos na gaveta, nerd e "apenas uma dessas pessoas estranhas".

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