Vee é uma garota tímida que vive à sombra dos amigos. Ao ser desafiada a participar do jogo online Nerve, onde você pode ser um Jogador e aceitar desafios ou ser apenas um Observador, ela sai dos bastidores da vida e assume os merecidos holofotes. Porém, ela acaba formando uma dupla com um garoto, Ian, e conforme eles vão se tornando imbatíveis a situação começa a ficar perigosa.
O filme é baseado no livro homônimo de Jeanne Ryan. Não só por ser uma adaptação, mas o formato da história me lembrou bastante outras séries adolescentes como “Jogos Vorazes” e “Divergente”: Jovens envolvidos com jogos e/ou perigos maiores do que a própria estrutura da sociedade.
Entretanto esse tem ares mais relaxados, tendo cenas divertidas e com sua trama inserida na realidade da vida adolescente, e não em um mundo pós apocalíptico ou coisa parecida. Apesar que se nos aprofundarmos no jogo NERVE podemos tirar conclusões bem introspectivas.
A forma como ele é jogado pode parecer exagerado ou até mesmo irreal, mas se pararmos para pensar em como os jovens vêm lidando com as redes sociais e a necessidade de se tornarem famosos, ou ao menos ter 15 minutos de fama, o que é mostrado no filme fica bem mais próximo de nossa realidade.
Quanto ao elenco: as atuações não são muito superiores ao que vemos em “Malhação”, serve ao propósito mas não impressiona. Inclusive outra coisa em que se assemelha à novela global, e que é bastante questionável, é ter vários atores acima dos 25 ou quase beirando os 30 interpretando adolescentes. Como alguém pode acreditar que Kimiko Glenn e Samira Wiley (ambas vindas de Orange Is The New Black) têm idade para estar no Ensino Médio?
Ainda sobre as atuações, é triste ver Juliette Lewis reduzida ao papel de uma mãe insignificante. Emma Roberts e Dave Franco constroem uma boa química, mas individualmente não se destacam.
Voltando aos pontos altos temos a fotografia e direção que cravam claramente qual seu público ao conduzir o filme por bate-papos online e vídeo chamadas, não deixando de lado os bugs de vídeos conhecidos dos usuários.
Mesmo tendo tomadas de dentro dos computadores, tablets e celulares, nada parece forçado. A tecnologia é intrínseca e quase um terceiro membro dos humanos.
Como entretenimento provavelmente só agradará o público mais jovem, mas se tentarmos vermos os pontos mais profundos do enredo pode acabar agradando a grande maioria.
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