Alan Clay é um homem de meia-idade que acabou de perder tudo que construiu na vida: trabalho, casa, carro e família. Para tentar dar uma reviravolta na vida aceita um trabalho na Negocio das ArabiasArábia Saudita em que terá que vender uma nova tecnologia para o rei. E assim começa Negócio das Arábias.

Baseado no livro homônimo de Dave Eggers, a história pode parecer para alguns mais um daqueles roteiros sobre superação, para outros sobre crise de meia-idade; para mim, apesar do enredo só falar do mundo dos negócios, na verdade, o tema principal é o choque entre culturas.

O desconforto com a própria vida, claro nos reflexos na saúde de Alan, é intensificado pela falta de tato ao lidar com o estilo de vida na Arábia Saudita.

Mas isso não é construído de uma maneira que deixa o telespectador com “vergonha alheia” pelo personagem, muito pelo contrário, esse acaba sendo o alívio cômico da trama. Principalmente nas interações de Alan com Yousef, o motorista que contrata.

Esse casamento entre as dificuldades na negociação e as dificuldades de entendimento entre culturas vai muito bem, numa crescente na trama até a história ir desviando aos poucos, deixando a negociação de lado e focando quase só em um romance surge. Isso faz com que o final do filme acabe sendo aquém do que todo o filme vinha sendo. A necessidade de se ter um final feliz e conclusivo muitas vezes estraga uma boa história, não foi por completo aqui, mas não ajudou.

Negocio das Arabias

Com o apoio de cenários deslumbrantes da Arábia Saudita, tanto nas construções luxuosas quanto nas belezas naturais, muito valorizados por uma fotografia colorida e bem trabalhada,o filme fica ainda mais atraente.

Quanto ao elenco, o mais conhecido é Tom Hanks, de quem acredito que não se precise falar muito – o cara sabe trabalhar direitinho. Mas quem me chamou a atenção foi Alexander Black que, no papel do motorista de aluguel Yousef, fica responsável pelos alívios cômicos e o faz de maneira excepcional.

Por fim, no todo o filme vale a pena: entretém e ainda discute – de forma implícita – um assunto que tem que ser discutido: a interação entre culturas diferentes.

A maneira como algumas culturas vem repudiando refugiados de outros países, por medo do diferente, não pode ser aceito.

Inclusive, pelo Brasil ser um país conhecido por abraçar a todos, no dia do lançamento (04/08) teremos aqui uma promoção muito legal chamada:

#BemVindoGringo – quem for assistir Negócio das Arábias e levar um amigo gringo apenas pagará o seu ingresso, o gringo entrará de graça!

Author

Fotógrafa, publicitária, traça de livros e apaixonada por cinema.

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