Entre a chatice em que se encontra o rock nacional ultimamente, uma grande notícia para os fãs do gênero.
Kiko Loureiro é novo guitarrista do Megadeth.
Formada em 1983, após seu vocalista Dave Mustaine ter sido expulso do Metallica, lá pelos idos de abril do mesmo ano.
Se vocês ainda não tiveram a oportunidade, assistam “Some Kind of Monster”, documentário lançado em 2004. A parte em que Lars Ulrich reencontra Dave chega a ser comovente.
Mas, voltemos à atualidade.
O Megadeth é uma das grandes bandas de Trash Metal de todos os tempos, é parte integrante do “Quarteto Fantástico” do estilo que conta ainda com o “Metallica”, “Slayer” e “Anthrax”. Pouco peso aí, não é?
Loureiro é, sem sombra de dúvida, um dos grandes guitarristas do rock mundial. É daqueles que quando sola deixa a guitarra fazer rimas, entende?
Multi instrumentista, estudioso, um virtuose, mas com a medida certa entre mostrar o que sabe e agradar a quem ouve.
Sua chegada a uma grande banda, reconhecida em todo mundo, já está fazendo o rock brasileiro atravessar fronteiras. Mas aí eu pergunto, porque só agora? E vamos ser sinceros, isso tem muito a ver com nosso complexo de inferioridade, aquela coisa de a grama do vizinho ser mais verde.
Kiko Loureiro, no auge de seus 42 anos, sempre esteve aí para todo brasileiro ver, entre vídeo aulas, sites e sua baita carreira com o Angra.
Lembrando agora de conversas com amigos, conhecidos e até com desconhecidos nos estúdios de ensaios da vida, quando se fala nos grandes guitarristas da atualidade, os lembrados são sempre os mesmos e são sempre os estrangeiros. Mesmo entre músicos a preferência é sempre pelos de lá.
Até mesmo os “famosões” americanos que adoram a pentatônica menor estão entre os preferidos. Geralmente alguém da roda, depois de muito pensar vem com aquela frase solta: “e o Kiko?”.
Bom, agora ao menos dá pra responder que o Kiko, amigo, está tocando no Megadeth.
A diferença é que agora ele vai tocar a noite nos grandes festivais do Brasil, com aparelhagem e iluminação de gente grande, porque a carreira e a contribuição que ele deu e dará para a música brasileira são de uma monstruosidade ímpar, coisa de gente gigante.
Não por acaso, em entrevista ao Jornal “Destak” (edição de 07/04/2015), Kiko cita que já pode sentir como sua entrada no Megadeth influencia os roqueiros de plantão, já são mais “likes” do que antes do convite se tornar público, mais mensagens de apoio e inúmeras pessoas retomando seus instrumentos e pensando em chamar os amigos para aquele ensaio no final de semana.
É o rock nacional rompendo as barreiras e provando que a música sim é uma linguagem universal. Pode ser em qualquer idioma, em qualquer ritmo, em qualquer lugar, se for bom a gente balança.
E podem se preparar para balançar, porque a parceria de Mustaine e Loureiro produzirá um novo disco que pode ser lançado ainda em 2015. Vai ser difícil esperar.
Nas palavras do próprio Mustaine:
“Conheci Kiko há uns oito anos para uma foto de capa da revista ‘Burrn!’. Eu não tinha ideia de quem ele era, a não ser pelo fato de que era tremendamente talentoso e que a equipe da ‘Burrn!’ tinha muita consideração por ele. Desde então, comecei a ver o quão virtuoso ele é e estou profundamente animado por sua profundidade e seu talento. Poucos pupilos do Megadeth tiveram a mesma habilidade e o sentimento de Kiko. Como Frank Sinatra disse: ‘O melhor está por vir!’”.
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