Manchester à Beira-mar concorre a seis Oscar. Feito no formato para disputar o Oscar de Melhor Filme.
Lee Chandler (Casey Affleck) vive em Boston como zelador, um faz tudo. Recebe a notícia inesperada do enfarte do irmão, que deixa um testamento e o coloca como tutor do filho Patrick (Lucas Hedges). Para atender o pedido do querido irmão, tem que se mudar para Manchester, cidade vizinha que lhe traz trágicas recordações.
O diretor e roteirista do filme, Keneth Lonergan, narra com inteligência toda essa trama, que vem carregada de sentimento de perda e frustrações.
A carga do filme é pesada, mas não cheguei às lágrimas. Fiquei comovido.
O protagonista ficou muito bem representado por Casey Affleck, que concorre ao Oscar de Melhor Ator. Seu olhar diz muito. Diz sobre sua tristeza, suas frustrações e sua impotência de mudar o que já aconteceu.
O sobrinho Patrick, Lucas Hedges, está perfeito no papel de um adolescente que tem duas namoradas, toca numa banda e joga Hóquei no gelo (por aquelas bandas faz muito frio). Sua atuação lhe rendeu a indicação ao Oscar de Ator Coadjuvante.
Outro personagem, que merece destaque, é o da esposa do protagonista interpretado pela atriz Michelle Williams. São poucas cenas, mas quando aparece dá o seu recado de forma brilhante. Essa performance a indicou para o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante.
A historia é sombria com algumas poucas cenas mais alegres. tratando das perdas e da nossa impotência para resolver assuntos do passado.
A narrativa é interessante, recheando o presente com informações do passado, num cenário de inverno do norte dos Estados Unidos. A fotografia merece destaque também.
Não é o meu favorito. Mas tem grandes chances por disputar seis importantes estatuetas: Melhor Filme, Diretor, Ator, Ator Coadjuvante, Atriz Coadjuvante e Roteiro Original.
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