Algumas continuações de filmes se mostram quase independentes com relação ao primeiro e algumas conseguem manter um crescente de roteiro tão ou mais brilhante do que o primeiro, que quase se apaga para dar espaço ao segundo. Mas, para Truque de Mestre: O Segundo Ato não conseguiu atingir o brilhantismo e ir além na proposta.
Para quem não viu o primeiro, Os Cavaleiros, ou no original The Horsemen, são 4 mágicos extremamente habilidosos que, unindo forças, fazem espetaculares apresentações para desmascarar bandidos, ou para beneficiar, quem não sabe o que acontece, às escuras. Basicamente, eles se denominam “Robin Hoods” modernos e mais tecnológicos. É claro que, para quem não viu o primeiro, fica um pouco perdido, mas não é necessário ter visto para entender, porque existe uma explicação prévia do que aconteceu.
Porém, nesse segundo ato, já perdemos grande parte do “elemento surpresa” que tivemos no primeiro filme, em que há um plot twist incrível na história. Ele consegue, de fato, focar mais nos personagens principais e “colocar os holofotes” da trama mais neles e no que podem fazer para sair de situações às quais não previam.
Ainda assim, se mantém um pouco arrastado. O roteiro é bem preguiçoso e a própria direção é quase que inexperiente, já que o diretor, Jon M. Chu, é o mesmo de G.I Joe II e das biografias de Justin Bieber. Pular dessas direções para um filme onde temos Morgan Freeman talvez simplesmente não funcione muito bem.
Tirando tudo isso, as atuações parecem manter o filme num crescente, tanto que sua parte final fica melhor. É claro que se você colocar o Morgan Freeman para narrar o filme do Pelé, esse filme vai ser um sucesso, então não existem comentários o suficiente para exaltar a atuação dele e de Mark Rufallo, que também faz um bom papel. Mas é aquilo: o Morgan Freeman é como a Beyoncé do cinema: outro nível, podendo esperar que ajude o filme sempre que possível.
Tirando todos os arrastos do filme, toda a parte desnecessária e as falhas de direção, temos um filme agradável, que mantém a proposta do primeiro, dá mais foco aos personagens que, de fato, deveriam estar em foco em primeiro lugar, mas tem um ponto bem irritante: o alívio cômico que não é engraçado. As falas de Lizzy Caplan simplesmente não funcionam como deveriam funcionar e acaba acontecendo um constrangimento meio geral pela atriz ter momentos tão errados.
Se no primeiro tivemos uma direção mais trabalhada por parte de Louis Leterrier, neste segundo eu não consegui ver uma boa direção e isso prejudicou um pouco o andamento do filme. De resto, é um bom entretenimento, tem cenas memoráveis e um time de atores forte que faz valer a pena o ingresso.
Confira minha análise em vídeo direto do meu canal do YouTube: https://youtu.be/aOL31NUdZzA?t=5m12s
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