Ver alguém que conseguiu “chegar lá” apesar de todas as adversidades traz um pouco de esperança e faz com que esqueçamos todos os outros exemplos de “quase”, e tenhamos um pouco mais de fé em nós mesmos. É a isso que veio a história de Joy: o nome de sucesso, filme baseado na biografia da empreendedora Joy Mangano e de outras(os) batalhadoras(es).
Família complicada, que muitas vezes atrapalha mais do que ajuda, ex-marido dependente mesmo depois do divórcio, filhos pequenos. A história de Joy, uma jovem mãe muito talentosa que desistiu dos estudos para dar suporte à família, é o enredo de muitas vidas reais. A diferença é que, em vez de entregar-se ao conformismo, houve um momento em que Joy desistiu da acomodação que vem quando não nos expomos aos riscos e deu a cara a tapa em busca de suas oportunidades.
Desde pequena, ela sempre foi criativa, e foi recorrendo a seus talentos que veio sua primeira invenção vendável: um esfregão muito mais prático do que os existentes no mercado naquele momento. Joy contrai altas dívidas na empreitada de produzir sua mercadoria, enfrentando depois dificuldades na comercialização do produto. Ela recorre a familiares e agregados para aconselhá-la legalmente – o que, em dado momento, coloca seu negócio novamente em risco. É só quando se torna verdadeiramente independente, revendo por si própria todas as pendências legais e financeiras de sua invenção, que o negócio verdadeiramente tem a chance de decolar e Joy torna-se uma grande mulher de negócios.
O diretor David O. Russel parece gostar da combinação Jennifer Lawrence, Robert De Niro e Bradley Cooper, que realmente compõe um bom elenco. A escolha de Lawrence como protagonista é condizente com seu papel de “bola da vez” em Hollywood já que, de novo, ela parece muito jovem para representar uma mãe de família. Independente dessa pequena questão, Lawrence tem se mostrado sempre como uma excelente opção para um elenco, mostrando-se preparada para todo o tipo de performance. Não há o que se criticar em sua Joy, papel que a indicou ao prêmio de melhor atriz.
No geral, a trama comedida conta com boas atuações e uma produção técnica bem planejada. O filme entrega exatamente o que anuncia, sem pecar nos excessos ou eufemismos. Joy: o nome do sucesso foi um dos primeiros de vários bons lançamentos neste ano. 2016 promete para as telonas.
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