Misture uma ação genérica dos anos 90 com erros de continuidade e uma novela mexicana. Pronto. Você verá Jack Reacher: Sem Retorno, o segundo filme produzido e estrelado por Tom Cruise.
Apesar dos pontos altos estarem nas lutas bem coreografadas, uma vez que Tom Cruise é praticante de defesa pessoal, algumas delas ainda, com outros personagens, acabam tendo movimentos repetidos e sendo previsíveis.
O filme todo em si se perde por se levar a sério demais e tenta, a todo custo, sair dos clichês mais habituais, revisitando tantos outros clichês de filmes de ação: a adolescente revoltada em perigo, o casal principal e o vilão canastrão.
Ainda que algumas passagens sejam deveras interessantes, outras tantas se tornam arrastadas e a solução simples acaba por demorar demasiadamente a chegar.
Podemos entender que existem três blocos distintos no filme que, se mesclados, dariam certo: a motivação do herói com bastante ação; as tratativas mais burocráticas e alguns diálogos de “lição de moral” e o fechamento, que culmina num festival de melodrama.
Por fim, há que se falar nos diálogos, que foram tirados, em sua maioria, do gerador de lero-lero.
Alguns são bem interessantes, como a questão da Tenente, mulher, questionar Jack sobre o machismo em sua profissão. Porém esses se perdem entre tantos outros que tornam Jack Reacher um filme genérico, sem personalidade e mais uma tentativa falha de Tom Cruise voltar ao seu auge.
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