Andy Muschetti pegou Stephen King – um dos mais notáveis escritores de contos de horror – e brilhou.
O cinema realmente é incrível e fico bem feliz quando deparo com diretores que trazem a ética para a sua linguagem. Abordar assuntos e inserir a ética neles não é para qualquer um, os seus valores e a sua essência tem que ajudar no processo.
Andy Muschetti aborda abuso, depressão e luto com muita responsabilidade, leveza e um extremo respeito pelos temas, e ainda dentro de um universo repleto de crianças. Foi lindo ver e é um grande prazer escrever.
No colégio, você vê crianças cruéis e que compartilham de problemas dentro de casa. O desaparecimento de Georgie, irmão de Bill (Jaeden Lieberher), desencadeia uma série de desaparecimentos na cidade de Derry. Com os colegas, Bill tenta superar o luto investigando o sumiço do irmão. Na busca, Bill e os amigos compartilham de experiências vindas do medo que assombram a vida de cada um.
It – A Coisa é diferente de todos dos gênero, se aprofundando nas personagens, trazendo uma aproximação direta com o público. Torcemos pelos personagens, entendemos as suas dores e, com isso, o longa metragem já ganha uma força enorme, cativando a todos.
Não sabemos, ao certo, o fim do palhaço. Na verdade, o foco são as crianças, o medo que elas guardam e a busca por uma amizade de muito companheirismo. Mas a presença do palhaço nos faz, a cada minuto, entender a fundo cada personagem, como se Pennywise de Bill Skarsgard (o palhaço) te apresentasse cada um. É incrível a aparição dele, alem de assustador, se mostra lúdico e real, tudo ao mesmo tempo.
Mesmo mostrando o quanto o palhaço é monstruoso e o quanto é brutal com as suas vítimas, mesmo sendo crianças, o longa de Andy Muschetti não é ofensivo e não traz nenhum desconforto com relação aos temas abordados.
O filme é perfeito em tudo, as cores, a maquiagem, a bela fotografia e parabéns ao diretor de elenco Rich Della, pois o talento dos adores contaram muito para o filme.
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