Me pergunto o que Marlon Brando, um dos primeiros – se não o primeiro – homem objeto do cinema diria ao ver Magic Mike XXL. Será que ele iria encarar? De qualquer forma, é duvidoso encontrar alguém que rebole como Channing Tatum. E talvez, depois de O poderoso chefão, o macho man de Um bonde chamado desejo tenha sido um pouquinho ofuscado (minhas desculpas a Tennesse Williams).
Independente disso, os boy toys mudaram. Alguns diriam até que “evoluíram”. E muito. Se antes rolava um charme e uma camisa colada, agora tem muito mais ousadia.
Assistiu Magic Mike e gostou? Que bom para você mas, por favor, não compare com o que está nos cinemas nesse momento. Porque é outro nível. Acho que perceberam que a abordagem “strippers masculinos” funcionava bem e abriram mão da historinha, que não era o mais interessante, para investir nas cenas em que os rapazes tomam o palco.
Alguns disseram “Mas não tem Matthew McConaughey”. Oi? Sinto muito, Dallas não fez falta. Ele foi substituído por Jada Pinkett Smith, poderosa a ponto de seduzir meninos e meninas. Diva. Domina. Rainha (quem assistir entenderá).
Quanto aos personagens (os caras que se apresentam), os números de Magic Mike eram inegavelmente bons, mas comuns. O bombeiro, o Tarzan, o Ken… e a autenticidade?! Esses são personagens caracteristicamente usados para despertar o fetiche (Village People exauriu esse conceito).
Entretanto em Magic Mike XXL, esperem algo novo, com mais ação (o que significa apenas mais dancinhas sensuais, o filme continua sendo bem light). Ah, e tem o Channing Tatum – apesar de eu inegavelmente preferir o Joe Manganiello. A trilha sonora, especialmente dos shows, também ficou muito boa (de Fifty Cent a Bruno Mars).
O complicado é sair do cinema e encarar a dura realidade de que nem todos tem o corpo de um stripper. Mike continua vivendo apenas na fantasia (e no cotidiano de Jenna Dewan-Tatum).
Termino dizendo simplesmente que, se você conhece o tema do filme, não será esse post a determinar se vai ou não assistir. Voce já sabe se quer mais Mike. E aí, o que vai ser?
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