Comédias sobre policiais que querem tanto ser bons em seu trabalho que não conseguem fazer nada direito já são um clássico. Volta e meia alguém faz um filme novo com essa mesma temática e, por isso, pode ser que ao ouvir falar sobre Belas e Perseguidas bata uma dúvida: “esse não é mais um como todos os outros?”.
Porém, você deve assistir por duas razões: Sofia Vergara e Reese Witherspoon. Chega a ser difícil definir o talento de Witherspoon: drama ou comédia, não importa o que ela esteja fazendo. Vai ser ótimo. Você vai rir, chorar e simpatizar com ela. Em Belas e Perseguidas, ela é Cooper, a personagem que se esforça tanto pra fazer dar certo que vê tudo ir por água abaixo. Escoltar a testemunha Daniella Riva (Sofia Vergara) até o tribunal é a sua chance de se redimir frente ao chefe e voltar a campo.
Mas claro que não vai ser fácil. Primeiro porque Riva procura todas as oportunidades para se livrar dela e, segundo, porque ela tem tantos “probleminhas” que é um pouco complicado não atrair azar. O que se pode esperar de uma mulher que puxa uma arma para um cara no primeiro encontro? Não é como se isso fosse fazê-lo chamá-la para sair de novo…
Quanto a Sofia Vergara, ela é bem o estereótipo latino. Alta, bonita, sexy e com um sotaque 30% compreensível, a colombiana Daniella Riva é esposa de um homem envolvido com o cartel. Parece apenas um rostinho bonito, mas muito se passa sob aquelas madeixas; é um pouco da mulher fatal que todo mundo supõe que só consegue as coisas exibindo o decote e depois esnoba a todos que a subestimaram.
Belas e Perseguidas é engraçado ao exagerar e satirizar a verdade sem dizer nenhuma mentira. Tem os corruptos, que chegaram a conclusão de que não há recompensa em agir dentro da lei, assim como os heróis do dia a dia, que não tem superpoderes ou habilidades incríveis, mas que são heróis simplesmente porque, apesar do cansaço, não desistem nunca. Nos inspiram ao perseguir seus sonhos independentemente do quanto eles pareçam difíceis de se realizar. Talvez realmente haja uma atração inexplicável que as causas impossíveis exercem sobre nós.
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