No último dia 21/01, sábado, reestreou no teatro Tucarena (rua Monte Alegre, 1024 – entrada pela rua Bartira) a peça Esperando Godot. Primeira peça escrita por Samuel Beckett e que teve sua primeira montagem na França e a segunda no Brasil.
A trama conta a história de Estragon e Vladimir, que estão a espera de Godot. Enquanto aguardam, debatem sobre várias coisas. Até que surgem Pozzo e seu serviçal Lucky. Depois que esses vão embora, surge um garoto com informações sobre Godot.
A peça se divide em dois atos bem similares, com poucas mudanças, mas essa estrutura é extremamente necessária para que se construa o teatro do absurdo.
Elias Andreato e Claudio Fontana estão nos papéis principais e constroem performances encantadoras, 
que flertam com o mundo circense e o clown, ao mesmo tempo em que discutem a existência humana.
Raphael Gama, no papel de Pozzo, traz altivez e força contracenando de forma complementar e muito bem casada com Clovys Torres que, no papel de Lucky, constrói uma expressão corporal de arrepiar. Guilherme Bueno é o que menos participa, ainda assim inclui uma aura angelical e leve a uma trama densa.
Toda a montagem é incrível: o palco similar as engrenagens de um relógio, o jogo de luz, as músicas. Esses elementos unidos à história colocavam a questão existencial ainda mais a flor da pele. Tudo ainda mais valorizado pelo formato do teatro em Arena, que possibilita uma melhor exploração do espaço.
Esperando Godot fica em cartaz até dia 19/02/2017. Mais informações clique aqui.
Agora, vamos conversar sobre outra coisa.
Como se comportar em um teatro.
Tenho a impressão que as pessoas, em tempos de redes sociais, não sabem mais viver no mundo real.
Houve aviso, duas vezes antes do espetáculo, para desligarem os celulares. No meio da peça é lógico que um tocou.
Se você não consegue ficar 1 hora e meia sem olhar as notificações ou não pode deixar de atender a uma ligação, recomendo que procure ajuda.
Outra coisa, não é nada legal conversar durante toda a peça, principalmente em voz alta. E mesmo que você ame a peça, a ponto de saber de cor todas as falas, também não é nada simpático recitá-las em alto e bom som antes do ator falá-las (nem junto ou depois também).
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