Anthony Vincent é o criador e a voz do canal Ten Second Songs (https://www.youtube.com/user/TenSecondSongs) com mais de 2,1 milhões de inscritos.
Em 2014, Anthony publicou um vídeo para o YouTube com a música “Dark Horse” de Katy Perry, cantando no estilo de 20 cantores diferentes. Obteve um estrondoso sucesso com mais de 1 milhão de visualizações em menos de uma semana (hoje tem mais de 20 milhões neste vídeo).
Ele nos concedeu uma entrevista exclusiva, falando de sua carreira, gostos musicais, etc.
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- Como você iniciou o Ten Second Songs? De onde surgiu esta ideia? O formato sempre foi esse de ter uma música e alternar os estilos musicais?
Tudo começou com um negócio de canções personalizadas que eu lancei no Fiverr.com – Eu vendia músicas que tinham 10 segundos de duração em diferentes estilos, dependendo do que o cliente queria. Eu cantava saudações de aniversário, piadas para os amigos, propostas de casamento e até mesmo jingles para negócios on-line.
Foi assim que o nome surgiu, “Ten Second Songs“. Então, quando decidi promover meu negócio no YouTube, eu virei uma sensação, aparentemente, da noite para o dia com o meu primeiro hit viral ” Dark Horse”. O resto é história.
- Como é o processo de gravação? Quem faz a edição dos vídeos?
O processo de gravação é tanto uma experiência satisfatória quanto um inferno de vida (rs). Eu não sou um músico treinado, então quando os fãs me falam para produzir em estilos com os quais eu não estou familiarizado, pode ser bem desafiador de descobrir. Mas eu supero isso e, depois, me faz um músico um pouco melhor.
Não há muito o que editar nos vídeos, além de colocar os nomes dos estilos, eu os faço em um take. Mas, recentemente, passei os pequenos deveres de edição para o meu baixista, Derek. Ele é baixista da minha banda e é tech savvy (uma pessoa que manja muito de tecnologia). É bom ter ele por perto!
- Qual sua formação profissional? Quantos instrumentos toca?
Eu sou apenas um cara normal de Nova York, que aprendeu sozinho a cantar e tocar. Eu tive um ano de aula de baixo quando eu tinha 11 anos, daí tudo foi auto didático de lá para cá. Eu ainda não sei consertar jack (rs).
Por outro lado, eu fiz um curso on-line para cantar com meu mentor Ken Tamplin. Seu curso é o KTVA (Ken Tamplin Vocal Academy) e ele me ensinou muito. Eu não teria o alcance vocal que tenho sem ele e sua técnica.
Nos vídeos, primeiramente eu canto e todo o resto é programado ou tocado por mim. Toco piano quando preciso, baixo e guitarra. Mas quando eu realmente preciso de um BOM trabalho de guitarra, chamo alguns dos meus amigos Youtubers, como Eric Calderone (e Rock) ou Leo do Frog Leap Studios (rs).
- Você consegue cantar no estilo e voz de vários cantores, como descobriu isso? Era algo que já fazia? Qual deles é o seu preferido?
Eu descobri que podia cantar em diferentes estilos através de tentativa e erro. Nunca recusei um trabalho. Se eu não soubesse como fazer algo, eu me desafiava a descobrir e fazia :).
A minha performance favorita é a apresentação do Queen no LIVE AID. Lendário. Mas se você está perguntando qual das minhas performances eu tenho como favorita, tenho que dizer que o melhor ainda está por vir 😉
- Vimos que, em seus canais do YouTube, você escolhe uma canção e a canta em 20 estilos diferentes. E, também, já vimos que escolhe outra música e a interpreta em um estilo apenas. Como você define a música e os estilos apropriados para realizar essas versões? Tem muito material descartado que não vimos em seus vídeos que não aprovou o resultado final?
Eu normalmente escolho o que está em alta no momento ou os pedidos dos fãs. Houve época em que eu tentei estilos que acabei destruindo. Quando eu fiz “Heathens”, um estilo “cascada” quase fez parte do vídeo, mas soou horrível para mim (como visto no meu vídeo behind the scenes desta música).
- Já teve retorno de algum cantor que fez a versão dele em algum vídeo?
Sim. O Corey Taylor do Slipknot tweetou “Dark Horse”; Tech n9ne me deu alguns props; Nick Sixx compartilhou meus vídeos; Type O Negative e Boyz II Men me tweetou. Para nomear alguns.
- Quais suas preferências musicais? Conhece bandas/canções/intérpretes de músicas brasileiras?
Musicalmente falando eu estou em todo lugar, mas tenho tendência a amar o rock clássico e metal – Queen e Iron Maiden. Amo Doom Metal e Gótico, música dos anos 50, Trip Hop, alternativa dos anos 90, música dos anos 90 no geral. Ah. Muita coisa!
Eu não estou familiarizado com muitos cantores brasileiros, mas estou aberto a sugestões! Eu amo bossa nova. É muito relaxante.
- O projeto “65 SONGS – A JOURNEY THROUGH ROCK ‘N’ ROLL ” foi espetacular. Como surgiu a ideia em trabalhar com Ken Tamplin e Gabriela Gunčíková? Como foi a criação e execução deste projeto?
Eu e Ken conversamos sobre esta ideia por um tempo e nós finalmente a desenvolvemos. Foi muito bom ter feito porque ficamos muito felizes com a forma que saiu. Esse provavelmente é um dos meus vídeos favoritos que fiz em 2016.
- E sua banda Set the Charge? Conte-nos mais sobre ela e a relação com seu trabalho no Ten Second Songs.
Set The Charge é um nome sob o qual eu venho lançando música autoral desde 2008, mas, apenas recentemente em 2014, tornou-se uma banda. E nós estamos trabalhando na estreia de um álbum completo para ser lançado em 2017. Nós tivemos alguns lançamentos menores desde nossa formação, mas nada como o que nós estamos para lançar.
Meus companheiros de banda são apoiadores do canal Ten Second Songs e, até mesmo, me ajudaram a executar uma live do canal na VidCon. Eles são muito legais.
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