Colossal é uma comédia com pinceladas dramáticas e que faz um esforço enorme para sair da caixinha, mas não consegue.
O filme não é de todo ruim, me fez rir bastante com as tiradas sarcásticas, a cota de diversão está aceitável. Mas os buracos no roteiro e a precária direção, deixou o filme morno e com a sensação de que a obra estava incompleta.
Abandonar temas em que a narrativa oferece, ou até mesmo não desenvolver os temas abordados, imprime na tela a falta de interesse em fazer bons filmes, o público sente o vazio da obra. E não adianta colocar um elenco incrível, seu filme vai perder forças.
Colossal, mesmo com atores bons, tem atuações ruins, personagens sem construção, atores vendidos no set, a direção de Nacho Vigalondo torna a narrativa banal. Um dos momentos de maior perda de tempo do filme e de criação, foi manter a câmera dentro de uma casa vazia com uma mulher que dorme o tempo todo.
Sinopse
Glória (Anne Hathaway) deixa Nova York e volta para sua cidade natal após perder o emprego e o namorado. Ao acompanhar as noticias sobre o ataque de um gigante a Tóquio, ela descobre que está misteriosamente conectada mentalmente ao evento. Para evitar novos casos parecidos e uma eventual restrição total do planeta, Glória precisa controlar os poderes de sua mente e entender por que sua existência, aparentemente insignificante, tem tamanha responsabilidade no destino do mundo.
O longa é irônico com uma pegada descolada, mas, infelizmente, com a falta de equilíbrio criativo de roteiro e direção, e com entrelinhas que não me dizem nada, Colossal ficou a desejar.
Muitas coisas sem construção no longa metragem que são gritantes – Glória tem uma série de problemas, ela é praticamente sozinha no mundo, mas não sabemos muito sobre isso.
Não só o alcoolismo, mas outro tipo de droga é questionada no filme, questão de extrema importância e isso é tratado de uma forma nada sensível e bem rasa. Um término de relacionamento muito mal resolvido. Um amigo de infância, que caí de paraquedas na vida dela e não sabemos nada sobre ele.
Mas como mencionei lá no começo, não é de todo ruim, é um filme divertido com uma fotografia boa de Eric Kress.
Apenas isso, nada além!
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