Depois do acachapante sucesso do primeiro filme, era mais do que natural que Seth MacFarlane e sua trupe decidissem por fazer uma continuação. E seguiram à risca a regra máxima das continuações: “Fazer mais e fazer maior”. Sendo assim, tudo aquilo que deu certo (e tudo o que deu errado também) é repetido, removendo grande parte do impacto causado pelas surpresas do primeiro filme.
Escrito e dirigido pelo próprio MacFarlane ao lado de Alec Sulkin e Wellesley Wild, seus parceiros de Uma Família da Pesada (Family Guy, no original), a trama acompanha o recém-divorciado John e o recém-casado Ted, que agora enfrenta os típicos problemas do matrimônio. A solução encontrada pelo urso é adotar uma criança, e é aí que começam os problemas. Como a Sociedade vai encarar o fato de um urso de pelúcia falante ser pai de uma criança humana?
Assim como no filme anterior, Ted 2 tem seus melhores momentos quando se entrega ao nonsense e às piadas ácidas (a melhor de todas envolve um show de comédia). Além disso, o longa conta com uma participação especial absolutamente inusitada e hilária.
Mark Wahlberg mais uma vez aproveita muito bem a chance que tem de explorar sua faceta cômica, com destaque para uma cena em que John, seu personagem, tem de lidar com as conseqüências do uso de uma determinada droga. E se Morgan Freeman é pouco aproveitado, a ampliação do papel de Patrick Warburton é mais do que bem-vinda, rendendo boas gargalhadas no clímax. Porém, o ponto fraco do elenco é Amanda Seyfried (a eterna protagonista de Mamma Mia!) que continua inexpressiva, só conseguindo provocar o riso graças a uma piada recorrente muito bem sacada pelo trio de roteiristas.
E por falar neles, MacFarlane, Sulkin e Wild, embora competentes na criação de gags, acabam falhando feio ao tentarem conferir uma desnecessária complexidade à trama, chegando até mesmo a comparar a situação de Ted à dos negros americanos. E já que o filme se propõe a ser uma verdadeira metralhadora de piadas, é preciso reconhecer que nem todas funcionam e algumas chegam a constranger, inclusive.
Beneficiado ainda por ótimos efeitos especiais que fazem com que o personagem-título jamais deixe de convencer, Ted 2 é mais um acerto na carreira de Seth MacFarlane, ainda que em menor grau, mostrando que a franquia ainda tem fôlego para continuar.
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Bem legal.